Inesquecível
senhora, por sua postura, determinação, inteligência, memória, sabedoria, fé,
minha avó materna sempre marcou presença no meu coração.
Ela , carinhosamente
catava meus “piôio” num colo macio. Quando
estava com sono , às vezes, ela, cansada, descansava os” oio”, num leve
cochilar.
Mãos
pequenas, unhas arredondadas, mãos de bênção, sabiam o ponto do doce de leite,
do sabão de
cinza, carne de porco frita (fazia como ninguém, assim como mingau de fubá para
os camaradas que trabalhavam na máquina de limpar arroz do vovô). Ela era a
patroa que colocava a mão na massa para fazer as quitandas para o Zé Benedito, seu
amor.
Em grande variedade e quantidade, todos nós, os netos, ajudávamos a degustar.
Na verdade íamos tomar a benção , diariamente...Em grande variedade e quantidade, todos nós, os netos, ajudávamos a degustar.
E, para
passar o dia crochetava, enquanto proseava com as visitas, cunhadas, parentes... ou
nos contava suas estórias.
Afirmava que a porta da cozinha é o perfil da dona
da casa. Nunca me esqueci deste ditado, VÓ HONESTÁLIA!