domingo, 10 de maio de 2015

VOZES ANTIGAS

Ouço vozes,
Vindas do subúrbio de min’ alma.
São companheiras de vida,
são modelos de luz nascente,
Na linguagem incandescente da poesia.

Ficarão para sempre,
embalando um coração,
que as ouve,
tenuamente, com atenção.

Quando me desprendi das escoriações,
Compensei mais forte os seus tons
emoldurando minhas lembranças
na voz de minha mãe: “canta , Maria,
a melodia singela,
canta, que á vida é um dia,
a vida é bela, minha Maria...”

Ainda reconheço, de Tchaikovsky, a sinfonia
(Vem do fundo dos porões da nostalgia.)
são lembranças de ter sido amada,
lembranças de ter sido querida...
lembranças...
de vozes antigas,
indeletáveis, nunca perdidas !