segunda-feira, 29 de junho de 2015

ETERNAMENTE

Cresci sem minha mãe, e
envelheço sem minha filha.

Suas lembranças me confortam,
enquanto perfaço
tempo e espaço
até o ponto
da chegada ou da partida,
para reencontro.

As lembranças não morrem.
Envelhecem,
e vivem disfarçadamente
inerentes à alma humana.

Não fogem,
são eternas companheiras.
ressuscitadeiras...
quando as sinto presentes
na musica,
na cor,
na flor,
num murmúrio abafado,
ou no cheiro do amor...