Cresci sem minha mãe, e
envelheço sem minha filha.
Suas lembranças me confortam,
enquanto perfaço
tempo e espaço
até o ponto
da chegada ou da partida,
para reencontro.
As lembranças não morrem.
Envelhecem,
e vivem disfarçadamente
inerentes à alma humana.
Não fogem,
são eternas companheiras.
ressuscitadeiras...
quando as sinto presentes
na musica,
na cor,
na flor,
num murmúrio abafado,
ou no cheiro do amor...