Abro a página em branco,
espero palavras saltitantes
de meia idade, companhia,
ajusto os anteparos,
devagar elas vão chegando,
a lua fica mais perto, será guia.
Minha intimidade irmanada,
comum,
à vida de cada um...
Nada de novidades, a não ser
que a saudade é vadia,
que nos mata todo dia.
Saudades que doem mais
as do amor que só nascente,
virou sombra transparente,
do que não vivi...