No íntimo do meu ser
me sentia tão cansada!
Precisei parar um pouco
a minha caminhada:
sentar-me à beira
da minha própria estrada,
descontrair-me.
Ouvir, atenta, aquele passarinho...
pensar na vida como revoada,
e na morte,
como volta ao meu próprio ninho!
Dos dias, das noites,
(que passam em disparada)
emergiram as lembranças boas,
e as atormentadas:
dos tempos em que fui filha,
dos tempos em que fui mãe,
dos tempos em que sonhei ser
uma mulher amada...
Mas, sem ser rainha, nem ser fada,
de uma cidadania, aos poucos despertada,
aprendi a doar, a receber, e transformar
vivendo tudo o de melhor em mim.
De agora em diante,
certamente,
há uma história minha,
diferente,
para ser contada...